terça-feira, 24 de janeiro de 2012

INTRODUÇÃO

       Leitura e Inferência
 

     A leitura não é apenas um processo visual, ou seja, captada unicamente pelos olhos, mas um elemento complexo, o qual envolve o acionamento de diversas áreas mentais para sua realização. A exemplo temos a leitura de um texto em outra língua. Enxergamos o mesmo, mas não compreendemos. Não conseguimos lê-lo, se não soubermos essa língua, Por isso apenas a visão não é capaz de solucionar o problema.

     O conhecimento prévio ou informação não –visual (InV) são as informações “estocadas” em nossa memória que recuperamos quando iniciamos uma leitura, além do conhecimento da estrutura da língua. Lúcia Fulgêncio  (2003), cita que podemos nos deparar com textos de nossa língua materna e não obtermos sucesso em sua leitura, isso é definido pela autora no seguinte trecho: “É possível que um leitor não consiga ler um texto que, embora escrito numa língua que ele domina, trate de um assunto sobre o qual ele não tenha informações” (p14).

     Para a compreensão do texto, necessita-se que haja conhecimento prévio específico, o qual facilita seu entendimento. Esse conhecimento prévio ou conhecimento de mundo é tudo aquilo que sabemos sobre determinado assunto, como por exemplo: Quando dizemos que alguém foi ao cinema as informações prévias que temos, é que  foi assistir a um filme, passou pela bilheteria, há uma tela, a sala é escura e etc, ou seja, informações que são compartilhadas por todos e que não necessitam serem explicadas. Essas informações não explicitas fazem com que ativemos nossa capacidade de inferir sobre aquele assunto de acordo com esse conhecimento partilhado, ou seja, inferência é o processo, pelo qual o leitor/ouvinte utilizando seu conhecimento de mundo gera possibilidades para interpretar determinadas situações. 


    "A leitura é o resultado da interação entre o que o leitor já sabe e o que ele retira do texto" (FULGÊNCIO, 2003 p.14).




     

Nenhum comentário:

Postar um comentário